Os tipos de Bullying
Bullying
Mariana Bueno
Do Bolsa de Bebê
Se não tratada quando criança, a vítima de bullying pode se transformar em um praticante quando adulto. E o praticante de bullying, se não tratado quando criança ou adolescente, pode continuar agredindo outras crianças, criando uma cadeia cada vez maior e pior. Quem afirma é a pedagoga Fabiana Falcone, coordenadora pedagógica do colégio Fadelito, em São Paulo.
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Ela explica que existem diferentes tipos de bullying: os principais são o verbal, que é manifestado através de apelidos, xingamentos, insultos; o físico, quando há empurrões, socos, chutes, beliscões, tapas; o moral, quando ocorrem difamações, calúnias ou disseminação de rumores; o psicológico, que é a exclusão, isolamento, perseguição, intimidação, chantagem, manipulação, ameaças e discriminação. Há, ainda, uma outra forma muito comum, o bullying familiar. "A prática começa desde cedo e, muitas vezes, em casa, na família. Muitos pais praticam bullying com seus filhos e nem percebem", diz.
Bullying dentro de casa
O bullying familiar acontece, por exemplo, em frente à TV, em um programa de humor em que criticam e debocham de alguém. "Devemos sempre lembrar que, os exemplos dos pais é fundamental para atitudes dos filhos. Se o pai agride, fala mal, ofende a esposa na frente dos filhos, ele está ensinando seu filho a praticar o bullying. E se a criança vive em um ambiente de desrespeito, ela pode passar de vítima (em casa) para agressora (na escola)", afirma.
A especialista diz que o bullying físico, verbal e psicológico são os que acontecem com mais frequência e, muitas vezes, começam como brincadeiras inofensivas. "Se não houver intervenção, passam a ser comportamentos normais", alerta. Ela lista ainda outros tipos de bullying, como o material (destroçar, estragar, furtar, roubar), sexual (assediar, induzir e/ou abusar) e virtual ou cyberbullying (divulgar imagens, enviar mensagens, invadir privacidade por meio da internet e de celulares, de forma anônima).
Como tratar?
A melhor forma dos pais lidarem com a criança para não deixar que o bullying interfira no seu desenvolvimento é mostrar que as diferenças existem e que é necessário aprender a conviver com elas diariamente. Também é importante reforçar a autoestima da criança e, principalmente, valorizar o diálogo. "?Ela precisa sentir-se segura para expressar suas necessidades, medos e ansiedades para a escola e família".
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